07/11/2023 às 14:42

Práticas integrativas em saúde são estratégia contra crises de enxaqueca

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a doença é a segunda maior causa global de incapacidade. Especialista da Secretaria de Saúde recomenda ficar atento a causas desencadeadoras de crises

Por Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger

Uma dor de cabeça que impede até mesmo apreciar a luz do sol. A enxaqueca, condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, vai além da simples cefaleia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a enfermidade é a segunda maior causa de incapacidade global, ficando atrás apenas da lombalgia. Geralmente, ela surge na puberdade e afeta, principalmente, pessoas com idades entre 35 e 45 anos.

“É possível, por exemplo, que alguns pacientes tenham intolerância alimentar específica. Por isso, é fundamental que as pessoas identifiquem seus fatores desencadeantes, pois isso permite um melhor controle da condição e pode ajudar na prevenção de crises”Adriana Areal, neurologista da Secretaria de Saúde do Distrito Federaldireita

Segundo a neurologista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Adriana Areal, os episódios de enxaqueca são, normalmente, caracterizados por dores em um dos lados da cabeça. “É uma dor que já vem intensa, com caráter pulsátil e muitas vezes acompanhada de náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao som”, explica.

Muitas vezes, pacientes que sofrem de enxaqueca enfrentam dificuldades na realização de suas atividades diárias devido à intensidade da dor, principalmente as mulheres, por causa das variações hormonais. A vendedora Karla Rodrigues, 40 anos, foi diagnosticada com enxaqueca há dois anos e relata que suas crises ocorrem no período pré-menstrual. “Poucos dias antes da minha menstruação, sinto uma dor intensa de um dos lados da minha cabeça. Ela também costuma aparecer quando estou muito estressada”, relata.

As práticas integrativas em saúde colaboram para a diminuição da dor e também para o controle da doença | Foto: Agência Saúde-DF

O tratamento é multifacetado, incluindo a prevenção de fatores desencadeantes conhecidos e opções farmacológicas e não farmacológicas. “No medicamentoso, há remédios orais que podem ser usados como betabloqueadores, antidepressivos, anticonvulsivantes e, mais recentemente, os imunobiológicos. Ao mesmo tempo, incentivamos mudanças no estilo de vida, como preservação do sono, manutenção de uma dieta balanceada e prática regular de atividade física”, enumera a neurologista da SES-DF.

*Com informações da Secretaria de Saúde