24/11/2023 às 14:15, atualizado em 24/11/2023 às 15:24

Esecae recebe visita de representantes do Ministério do Meio Ambiente

Brasília Ambiental considera encontro oportunidade de visibilidade para a UC, em Planaltina

Por Agência Brasília* | Edição: Carolina Lobo

O Instituto Brasília Ambiental recebeu, nesta sexta-feira (24), por meio de sua Superintendência de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água (Sucon), a visita técnica de representantes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), de órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) e da sociedade civil organizada na Estação Ecológica Águas Emendadas (Esecae), localizada em Planaltina.

A visita foi solicitada pela organização da sociedade civil Coletivo Águas Emendadas e antecedeu o evento sobre recursos hídricos do DF, intitulado Encontro em Defesa do DF, realizado no campus de Planaltina da Universidade de Brasília (UnB).

Segundo a superintendente da Sucon, Marcela Versiani, visitas técnicas são sempre muito bem-vindas às unidades de conservação (UCs). Segundo ela, são oportunidades de visibilidade para as UCs, pois uma visita promove interação, aproxima mais a sociedade da área de pesquisa, multiplica informação e dá transparência ao que é feito na unidade. “Apoiamos e acreditamos ser de grande importância o debate e a discussão acadêmica sobre os recursos hídricos. Isso é produção de conhecimento e contribui para o nosso papel de defesa e preservação da estação”, destacou.

A secretária-executiva adjunta do MMA, Ana Flávia de Sena, que visitava pela primeira vez a Esecae, enfatizou que a estação é um sistema ecológico e hídrico bastante interessante e representativo para o Brasil. “Muito peculiar. São águas emendadas que alimentam duas grandes bacias. Está localizada no Cerrado, que é um ecossistema com o qual temos que ter um cuidado e uma atenção muito grande, porque está muito fragilizado. Uma estação ecológica que tem uma missão a cumprir dentro do Sistema Nacional de Áreas Protegidas. É importante, fundamental que a preservemos, porque a representatividade, no cenário nacional deste sistema, é extremamente valiosa”, pontuou a representante do órgão federal.

Apresentação

“Atendemos aqui 64 escolas da região de Planaltina e todas as outras que nos procuram, além de termos várias pesquisas em andamento, o que reforça a necessidade de manter esse espaço e sua fauna e flora preservadas”Gegisleu Darc Jacinto, administrador da Estação Ecológica Águas Emendadas direita

O administrador da Esecae, Gegisleu Darc Jacinto, apresentou a UC para os visitantes, ressaltando a importância da unidade no contexto ambiental local e nacional. “É um contribuinte de água para duas grandes bacias brasileiras: Platina e Tocantins/Araguaia. Temos 50 nascentes dentro da Esecae, pressionada por todo desenvolvimento urbano ao seu redor. Nossas lutas são diárias para manter a conservação dessa estação, que se distribui em 10.547 hectares, e está na categoria de proteção e conservação integral, o que a torna, portanto, restrita à educação ambiental e pesquisa. Atendemos aqui 64 escolas da região de Planaltina e todas as outras que nos procuram, além de termos várias pesquisas em andamento, o que reforça a necessidade de manter esse espaço e sua fauna e flora preservadas”, afirmou.

Depois da visita, os participantes seguiram para o Encontro em Defesa do DF, que trouxe à pauta o debate sobre diagnóstico econômico e ecológico, cenário atual da disponibilidade hídrica, rebaixamento do lençol freático e os recursos hídricos de um modo geral, inclusive da Esecae, entre outros temas.

A estação já recebeu eventos como o Fórum Mundial da Água, em 2018, que contribuiu para a projeção da unidade no cenário internacional; e o Congresso Brasileiro de Áreas Úmidas, no qual nasceu a proposta de tratar de áreas úmidas do Cerrado com um projeto-piloto a partir da Esecae, entre outros. Águas Emendadas recebe, com frequência, personalidades internacionais. Recentemente recebeu dez embaixadores da Europa, organizado pela Embaixada da Alemanha.

*Com informações do Instituto Brasília Ambiental