07/12/2023 às 19:04, atualizado em 07/12/2023 às 19:39

Cooperativas de recicláveis receberam mais de R$ 35 milhões em 2023

DF conta com 1.314 catadores vinculados a 32 associações que mantêm contratos de triagem, coleta seletiva e comercialização dos materiais recicláveis com o governo

Por Adriana Izel*, da Agência Brasília | Edição: Igor Silveira

Antes da desativação do Lixão da Estrutural, os catadores de recicláveis do Distrito Federal trabalhavam na informalidade expostos a doenças e em jornadas exaustivas. Essa realidade se modificou com a criação do Complexo Integrado de Reciclagem (CIR), inaugurado há três anos, onde são mantidas 11 unidades de triagem de materiais recicláveis usadas por cooperativas e associações credenciadas e contratadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Serviço de Limpeza Urbana (SLU).

Atualmente, o governo conta com 42 contratos de triagem e coleta seletiva com 32 organizações compostas por 1.314 catadores, que, em sua maioria, vieram do lixão da Estrutural. Só neste ano, entre janeiro e agosto (os dados até novembro estão em apuração), foram investidos pelo GDF nas cooperativas mais de R$ 35 milhões, sendo mais de R$ 16 milhões em triagem e mais de R$ 19 milhões com receita da comercialização dos materiais recicláveis.

No Complexo Integrado de Reciclagem (CIR), inaugurado há três anos, são mantidas 11 unidades de triagem de materiais recicláveis usadas por cooperativas e associações credenciadas e contratadas pelo GDF, por meio do SLU

Catador desde os 17 anos, Geovânio Pereira dos Santos, 37, aponta que a principal melhoria para a categoria está ligada às condições de trabalho. “A grande vantagem aqui é ter um teto com sombra para trabalhar. Não pegamos mais sol e nem chuva. Também contamos com regulamento do INSS. Então, se tivermos algum acidente, podemos nos precaver. Aqui mesmo temos casos de dois funcionários que conseguiram se aposentar pela cooperativa. Melhorou 100%”, diz.

No ano passado, o SLU recolheu 730.757 toneladas de resíduos, das quais cerca de 42 mil toneladas foram recicladas pelos catadores, representando em média 5,7% do total. Esse material triado é comercializado. Até julho deste ano, o SLU pagava R$ 304,14 por tonelada. Esse valor recebeu um reajuste entre 16% a 32% a depender da situação da cooperativa. A remuneração é feita pelo quantitativo que é desviado do Aterro Sanitário de Brasília, comprovado por notas fiscais de comercialização dos resíduos recicláveis.

07/12/2023 - Cooperativas de recicláveis receberam mais de R$ 35 milhões em 2023

*Com informações do Serviço de Limpeza Urbana