02/12/2023 às 18:18, atualizado em 03/12/2023 às 09:17

Mais de 700 autotestes de HIV são distribuídos no Parque da Cidade

Com uma programação extensa ao longo de dezembro, iniciativas da rede focam, principalmente, na prevenção

Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

Para promover o mês de luta contra a Aids, o governo do DF, por meio da Secretaria de Saúde (SES-DF), ofereceu gratuitamente mais de 700 autotestes de detecção do vírus da imunodeficiência humana (HIV, sigla em inglês). O kit distribuído neste sábado (2), em ação realizada no Parque da Cidade, contém instruções detalhadas sobre como fazer o exame de forma privada e como entender os resultados. Durante a iniciativa, equipes de saúde fizeram 300 testes rápidos de identificação do vírus.

Na tenda montada em frente à administração do Parque, servidores do Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin) passaram o dia informando sobre métodos de prevenção e como fazer o autoteste, cujo resultado sai em 20 minutos. “Se as pessoas com HIV forem diagnosticadas e tratadas precocemente, a expectativa de vida delas é semelhante à da população em geral. Então, é importante que elas se testem”, alertou a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES-DF, Beatriz Maciel Luz. Ela reforça que apesar de não ter cura, o HIV e a Aids são preveníveis e têm tratamento.

William Gonçalves dos Santos elogiou que a população tenha tido a oportunidade de levar o autoteste para casa

Em situação de rua, o cadeirante Marco Aurélio Souza, 29, aproveitou a oportunidade para pegar preservativos e fazer o exame. “Gosto muito de ver vocês [equipes de saúde] com ações aqui no Parque da Cidade, procuro me testar sempre para ter certeza que está tudo bem”, afirmou o jovem.

As UBSs, as policlínicas e os ambulatórios especializados compõem a rede de vigilância, prevenção e assistência ao HIV e à Aids. Nesses locais, estão disponíveis diversas estratégias de prevenção combinada: fornecimento de preservativos e gel lubrificante; de medicamentos de profilaxia pós-exposição ao HIV (PEP – quando a pessoa teve uma situação de risco nas últimas 72 horas) e de profilaxia pré-exposição (PrEP – indivíduos com risco frequente, que, diariamente, usarão medicamento para evitar contrair o vírus); testes rápidos; e tratamento àqueles que já convivem com o HIV/Aids. Além disso, as UBSs dispõem ainda de exames para sífilis e hepatite B e C.

Cedin

No DF, o Centro Especializado de Doenças Infecciosas (Cedin) é referência no tratamento de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). O local conta com uma equipe formada por infectologista, dermatologista, pneumologista, pediatra, tisiologista, radiologista, ginecologista, psiquiatra, endocrinologista e urologista.

De acordo com a enfermeira do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), Leidijany Paz, o público com HIV/Aids atendido no centro enfrenta preconceito e, às vezes, não conta nem com o apoio familiar. Dessa forma, o Cedin, segundo ela, significa acolhimento a quem enfrenta a condição. “É um momento em que o paciente é bem recebido pelos profissionais e encontra outras pessoas na mesma situação”, detalhou.

“Se as pessoas com HIV forem diagnosticadas e tratadas precocemente, a expectativa de vida delas é semelhante à da população em geral”Beatriz Maciel Luz, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveisdireita

Na carta de serviços do centro, destacam-se a PreP, a Pep e o Ambulatório de Diversidade de Gênero, mais conhecido como Ambulatório Trans – espaço que disponibiliza tratamento e orientação a quem quer fazer a redesignação sexual. No espaço também são disponibilizados autotestes gratuitos e os testes rápidos realizados por enfermeiros. Diariamente, mais de 200 exames de HIV/Aids e de outras ITSs são realizados no Cedin.

*Com informações da Secretaria de Saúde