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14/09/2016 às 19:29, atualizado em 05/12/2016 às 17:24
Segundo boletim epidemiológico da Saúde, foram 10,6 óbitos por mil nascidos vivos, redução de 26,4% comparada ao ano 2000
O Distrito Federal registrou em 2015 a menor taxa de mortalidade infantil dos últimos 16 anos: 10,6 óbitos por mil nascidos vivos — queda de 26,4% em relação ao ano 2000. Do total de 487 mortes registradas no ano passado, 77% ocorreram no período neonatal (até 27 dias de vida). Já quanto à causa dos óbitos, as afecções perinatais — complicações de saúde que surgem antes, durante ou logo após o parto — correspondem a 62,4% das ocorrências. A segunda maior causa de mortalidade foram as malformações congênitas, correspondendo a 25,9% do total.
Os dados constam do Boletim Epidemiológico de Mortalidade Infantil 2015, produzido pela Gerência de Informação e Análise de Situação e a Gerência de Ciclos de Vida, ambas da Subsecretaria de Vigilância à Saúde, da pasta de Saúde. O subsecretário Tiago Coelho atribui a redução desse índice ao aperfeiçoamento das políticas de saúde no DF nos últimos cinco anos, que seguiram a Política Nacional de Atenção Integrada à Saúde da Criança.
De acordo com o informativo da secretaria, o uso de leite materno doado para os prematuros internados nas unidades neonatais também contribuiu para reduzir a mortalidade infantil, já que o alimento é fator protetivo à saúde desses recém-nascidos.
A coordenadora dos Bancos de Leite Humano do Distrito Federal, Miriam Santos, avalia que Brasília chegou a esse patamar porque a Saúde trabalhou de forma conjunta, da atenção básica à hospitalar. “Nesse período, o DF teve aumento do saneamento básico e melhorias na educação, e tudo isso contribui e reflete de forma direta na diminuição da taxa de mortalidade infantil.” Segundo Miriam, em 2000, a capital federal já apresentava a taxa de 14,4 — marco alcançado pelo Brasil somente 12 anos depois.
Acesse a íntegra do Boletim Epidemiológico de Mortalidade Infantil de 2015.
Edição: Raquel Flores