14/12/2023 às 18:16, atualizado em 15/12/2023 às 15:08

Divulgado resultado final sobre propostas de monitoramento de risco no DF

Projeto referente ao programa Desafio DF tem investimento de mais de R$ 1,2 milhão, fomentado pela FAPDF

Por Agência Brasília* | Edição: Carolina Lobo

Com o intuito de mapear e monitorar as áreas de risco do Distrito Federal, foi divulgado nesta quinta-feira (14), pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), o resultado final da Chamada Pública n° 4/2023. Trata-se da seleção de propostas do projeto Mapeamento e monitoramento das áreas de risco do DF referente ao programa Desafio DF (Edital n° 1/2023).

Com investimentos de até R$ 1,25 milhão, no exercício orçamentário de 2023, fomentados pela fundação, a iniciativa pretende promover a realização de monitoramento e mapeamento automatizados, efetivos e constantes de áreas de risco do DF, baseados em parâmetros que sejam os mais eficientes para a gestão de desastres. A ideia é manter a população informada sobre os perigos iminentes, com protocolos de prevenção e alerta.

“O monitoramento de áreas de risco é de grande importância para a definição de políticas públicas e a articulação entre pesquisa e sociedade”Ana Paula Aragão, coordenadora científica da FAPDFdireita

Segundo a coordenadora científica da FAPDF, Ana Paula Aragão, o projeto é essencial para lidar com os riscos diários que a população enfrenta em diversas cidades, inclusive as que fazem parte da Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do DF (Ride).

“O monitoramento de áreas de risco é de grande importância para a definição de políticas públicas e a articulação entre pesquisa e sociedade”, explica Aragão.

Emergência

O projeto propõe a criação de um sistema de monitoramento de duas áreas de risco do Distrito Federal. Ainda de acordo com a coordenadora científica, a metodologia a ser adotada integra análises hidrológicas, meteorológicas e geológicas, proporcionando uma visão integrada dos potenciais perigos.

“Por meio da conscientização e educação da comunidade sobre os riscos, protocolos de segurança e medidas de emergência, o projeto não apenas aumenta a percepção e a preparação da população, mas também fortalece a resiliência comunitária diante de desastres naturais”, destaca a coordenadora científica.

Exercícios simulados complementam a iniciativa, assegurando que os cidadãos e autoridades estejam preparados para responder eficazmente a emergências reais. Além disso, o projeto desempenha um papel fundamental na mitigação de desastres, fornecendo dados in loco para o planejamento urbano.

A proposta vencedora — Vigilância Geotecnológica: Desenvolvimento de metodologia para classificação e monitoramento de áreas de risco geológico no DF, do coordenador João da Costa Pantoja — é um projeto-piloto que irá abranger a Região Administrativa de Sol Nascente.

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), atualmente, existem 22 áreas de risco mapeadas no DF, que estão situadas nas RAs de Arniqueira, Fercal, Núcleo Bandeirante, Vicente Pires, Planaltina, Riacho Fundo, Sobradinho II e Sol Nascente/Pôr do Sol.

Desafio DF

A ideia do programa Desafio DF é promover chamadas específicas para seleção de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação com vistas ao estudo de viabilidade de políticas públicas. “O monitoramento de áreas de risco pela Defesa Civil desempenha um papel crucial na prevenção e gestão de desastres naturais”, aponta o secretário de Segurança Pública, Sandro  Avelar.

Segundo ele, por meio do acompanhamento da rotina de regiões propensas a enchentes e deslizamentos de terra e outros fenômenos, a Defesa Civil pode antecipar potenciais ameaças e implementar medidas preventivas. “Esse monitoramento está previsto no eixo 1, Cidade Mais Segura, do programa DF Mais Seguro – Segurança Integral, que desenvolve ações voltadas para a construção de espaços seguros, com proteção ambiental, prevenção e mitigação de desastres e calamidades”, ressalta.  “Além disso, fornece informações valiosas para o planejamento urbano, permitindo o desenvolvimento de estratégias mais eficazes de ocupação do solo”.

*Com informações da FAPDF