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15/12/2023 às 14:26
Projetos selecionados foram apresentados ao público em noite de gala, nesta quinta-feira (14)
Coordenado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) e criado para reconhecer trabalhos de relevância na preservação e valorização do patrimônio cultural, o Prêmio José Aparecido de Oliveira voltou com toda força. A premiação dos projetos vencedores foi realizada nesta quinta-feira (14), em noite de gala, no Teatro Plínio Marcos, no Eixo Cultural Ibero-americano.
“A retomada dessa premiação é um esforço que traz uma satisfação muito grande para os agentes culturais da cidade, uma vez que muitos esperavam por essa oportunidade de reconhecimento que, agora, com o apoio do Governo do Distrito Federal, realizamos”, declarou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes.
Premiações
A produção Água de beber foi a grande vencedora. Realizado no Museu do Catetinho, o curta-metragem interativo de realidade virtual – com equipe e atores brasilienses – leva o espectador a vivenciar os primeiros dias da cidade, acompanhando os bastidores da composição de Água de beber, de Vinicius de Moraes e Tom Jobim. O prêmio foi de R$ 15 mil.
“Nosso trabalho proporciona uma viagem ao passado que precisa ser revista e guardada na memória por tudo o que ela representa”, afirmou Felipe Gontijo, que assina a com Henrique Siqueira a direção do curta premiado. A produção será exibida em breve, no Catetinho, e durante a sessão o público receberá óculos de realidade virtual que “transporta” quem assiste para o ano de 1960, na ambientação de Brasília.
Um trabalho do Grupo de Pesquisa do Acervo de Dulcina de Moraes, dirigido por Josuel Júnior, obteve o segundo lugar, recebendo R$ 10 mil. “Pela primeira vez, conseguimos reunir um grupo que fez o inventário e a pesquisa do acervo histórico do Teatro Dulcina”, contou o diretor. “Isso é de Brasília. Isso é do Brasil. Isso é da arte. E ter essa chancela e esse prêmio concedido pela Secretaria de Cultura é a certeza de que não fizemos nada errado. Está tudo certo em defesa do patrimônio”.
“Prêmios culturais como este ajudam a reforçar e a preservar a identidade da nossa sociedade” Claudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativaesquerda
Já o terceiro lugar, premiado com R$ 5 mil, ficou com o projeto Educação Patrimonial BSB, que visa estimular o debate sobre o patrimônio, a cultura, a arquitetura e o urbanismo do Distrito Federal. Angelina Nardelli, idealizadora do projeto, “A ideia foi, com cinco caixas de saberes onde guardamos os conhecimentos, que pudéssemos difundir esse concepção sobre o patrimônio, a cidade, a sociedade, passando por todo tipo de público. Desde os pequenos estudantes, os estudantes dos ensinos fundamental e médio até os universitários”, resumiu a idealizadora do projeto, Angelina Nardelli.
Reconhecimento
“Prêmios culturais como este ajudam a reforçar e a preservar a identidade da nossa sociedade”, pontuou o titular da Secec. “Eles refletem nossa história, nossos valores, proporcionando um senso de pertencimento e continuidade ao longo do tempo”. O subsecretário do Patrimônio Cultural, Felipe Ramon, endossou: “Este prêmio não apenas celebra conquistas, mas reforça a importância vital de proteger e promover nossa herança cultural para as gerações futuras”.
Memória
A premiação marca o calendário de dezembro, mês em que é celebrado, desde 1987, o aniversário do reconhecimento de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
José Aparecido de Oliveira ocupou o cargo de governador do Distrito Federal entre 1985 e 1988. Durante a sua gestão em 1987, além de a capital federal ganhar a honraria da Unesco, a área central da cidade foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan).