15/12/2023 às 19:58, atualizado em 15/12/2023 às 20:20

Drenar DF alcança 4 km de túneis escavados e 1,5 km concretados

Maior programa de escoamento do GDF prevê 8,8 km de túneis horizontais e verticais, além de uma bacia de detenção para reduzir a velocidade das águas

Por Victor Fuzeira, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader

Maior programa de escoamento de águas pluviais do Governo do Distrito Federal, o Drenar DF atingiu a marca de 4 km de túneis escavados, de um total de quase 8,8 km previstos. Já são 1,5 km de passagens subterrâneas concretadas. Os serviços são executados por empresas contratadas pela Agência de Desenvolvimento (Terracap).

Os túneis são escavados usando o método não destrutivo tunnel liner. A técnica permite a escavação de passagens subterrâneas de forma eficiente, sem a necessidade de realizar grandes escavações e mitigando os transtornos na superfície dos locais onde as redes serão instaladas.

Alexandre Anderaos: “É algo que nos causa espanto pelo tamanho, quando a gente passa de carro por aqui não consegue ter dimensão do quão grande é”

Alexandre Anderaos, superintendente adjunto de regulação de saneamento básico da ANA, se surpreendeu com a dimensão da lagoa: “É algo que nos causa espanto pelo tamanho, quando a gente passa de carro por aqui não consegue ter dimensão do quão grande é”.

Anderaos afirma que a visita é importante para que a população tenha conhecimento sobre o avanço das obras. “Para a gente, também se trata de uma visita muito importante. Nós temos a atribuição de norma de referência de saneamento urbano e um dos componentes é a drenagem urbana. Por isso, é muito interessante a gente ver como é o projeto e como a rede será operada”, acrescenta.

Bacia de detenção

Com um investimento de R$ 174 milhões, o Drenar DF saiu do papel em janeiro deste ano, depois de duas décadas de espera. Em paralelo à construção dos túneis e galerias, é realizada a escavação de uma bacia de detenção, localizada no Setor de Embaixadas Norte. As equipes escavaram 238 mil m³ de terra. A meta é retirar 245 mil m³.

A estrutura ficará responsável por reduzir o volume de água que desemboca no Lago Paranoá. “As chuvas, especialmente aquelas primeiras que ocorrem logo após o período de seca, carregam tudo que está na rua e essa água está chegando diretamente ao Lago Paranoá, com força e velocidade semelhante ao vertedouro de uma barragem”, explica o diretor.

Além disso, o reservatório permitirá que o lixo arrastado nas enxurradas seja filtrado e que a água chegue até o destino final em menor velocidade, evitando o assoreamento do lago. Com a escavação praticamente concluída, os serviços agora se expandiram para o plantio de mudas de árvores, com o apoio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap).

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