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24/12/2023 às 10:29
CrisDown, unidade de queimados e centro de doenças infecciosas são alguns dos serviços ofertados
Referência em atendimento de fissurados e queimados, em tratamentos de doenças crônicas, em saúde mental infanto-juvenil, em síndrome de Down e muitos outros setores. A lista de destaques da Região de Saúde Central – que engloba Asa Norte, Asa Sul, Varjão, Cruzeiro, Lago Norte e Vila Planalto – é extensa. Com o atendimento especializado em múltiplas áreas como um diferencial, ela possui papel fundamental para tratamento de casos de média e alta complexidade para toda a população do Distrito Federal.
Larisse Gabrielly, de 12 anos, é paciente por lá e passa por consultas semestralmente. Após enfrentar diversas cirurgias no primeiro ano de vida e correr risco de morte, hoje ela tem a própria rotina e ótima interação. “Eu não sabia o que era a síndrome de Down. Com o tempo, eu e o pai fomos adquirindo conhecimento e, depois que entramos para o CrisDown, tivemos o nosso amparo, acalmou a nossa vida e tudo foi mais fácil, das consultas até o acompanhamento”, conta a mãe, Raíra Jesus Silva, de 36 anos.
“Na época da introdução alimentar, ela não sentava direito e não aceitava nada. Eu achava que fosse rejeição alimentar e aqui vimos que era sensibilidade à textura. Trabalhamos isso e ela se desenvolveu”Joelma Magalhães Cavalcante, mãe de Helena, atendida no CrisDownesquerda
O atendimento especializado para pessoas com T21 é essencial para o desenvolvimento em todos os ciclos de vida. Por se tratar de um público que pode apresentar comorbidades específicas, tal acompanhamento é de extrema importância para prevenir, diagnosticar e tratar, antes que complicações significativas possam aparecer. “Se iniciamos as estimulações desde cedo, essa pessoa tem grande possibilidade de alcançar uma vida mais autônoma e independente”, reforça a coordenadora.
Anualmente, cerca de 150 crianças chegam ao CrisDown. No momento, aproximadamente 300 – dentro da faixa etária de até 3 anos – são acompanhadas.
As melhorias no desenvolvimento da pequena Helena, de um ano e sete meses, já são observadas pela mãe, Joelma Magalhães Cavalcante, de 45 anos, que descobriu a síndrome de Down da filha após o parto. “O desenvolvimento dela foi todo por meio do CrisDown. Na época da introdução alimentar, ela não sentava direito e não aceitava nada. Eu achava que fosse rejeição alimentar e aqui vimos que era sensibilidade à textura. Trabalhamos isso e ela se desenvolveu”, exemplifica sobre os benefícios proporcionados pelo serviço de saúde.
Localizado no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), o Centro acolhe qualquer pessoa com síndrome de Down interessada no atendimento. Para isso, basta agendar por meio do número do WhatsApp: (61) 99448-0691.
Equipe multidisciplinar
Oito mil pacientes do DF recebem cuidados no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), que fica na Asa Sul. A unidade é referência para o tratamento de agravos como HIV, hepatites virais crônicas e as formas graves de tuberculose e hanseníase.
“Os nossos especialistas são todos de referência e os casos mais complexos atendidos na atenção primária são encaminhados ao Cedin. Atendemos, por exemplo, casos de tuberculose multirresistente, hanseníase que causou debilidades e alterações físicas”, pontua o diretor do Cedin, Leonardo Ramos.
A maior demanda é relacionada ao tratamento de HIV. Quase 70% da população do DF com o diagnóstico é atendida no Centro. Na unidade existem várias subespecialidades que cuidam integralmente desses pacientes, como ginecologia, pediatria, urologia e endocrinologia.
M.S.C., de 85 anos, recebeu o diagnóstico de que possuía o vírus HIV há 26 anos, após realizar vários exames para investigar a causa de uma esofagite. Quando os resultados saíram, ela foi encaminhada ao Cedin.
Para casos de mais complexidade, o Hospital de Base (HB), com 54 mil metros quadrados de área construída e mais de quatro mil colaboradores, é referência para atendimento em politraumas, emergências cardiovasculares, neurocirurgia, cirurgia cardiovascular, atendimento onco-hematológico e transplantes.
São 634 leitos, divididos nos setores de pronto-socorro, internação, unidade de terapia intensiva (UTI), assistência multidisciplinar, serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, psiquiatria e ambulatório.
Para gestações e partos de risco, a Região de Saúde Central e todo o DF contam com o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Além dos setores de neonatologia, UTI neonatal, salas de pré-parto, parto e pós-parto e banco de leite, há uma Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin) Canguru.
Região Central
De acordo com os dados mais recentes da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), realizada pela Codeplan em 2021, só o Plano Piloto reúne uma população de 224.848 pessoas. Somando os moradores do Cruzeiro (30.860), Lago Norte (37.539) e Varjão (8.953) são mais de 300 mil pessoas sob os cuidados da rede da Região de Saúde Central, além dos provenientes de outras localidades por encaminhamento.
“Ficamos onde boa parte das pessoas trabalham no DF, que é principalmente no Plano Piloto, então sabemos da importância do atendimento desta população e buscamos o melhor”, explica o superintendente da Região Central, Paulo Roberto da Silva Junior. Devido à alta demanda, uma das estratégias adotadas é a ampliação dos horários de vacinação. “Desde o início da pandemia até hoje, continuamos reforçando esse serviço, que é o que mais protege de doenças transmissíveis. Temos UBSs que funcionam até às 22h, drive-thru de vacinas e campanhas extramuros”, completa.
Além dos hospitais, UBSs, o Cedin e o Adolescentro, a Região Central possui outros serviços de referência, como o Centro Especializado em Saúde da Mulher (Cesmu) e diversos ambulatórios de especialidades médicas ofertados nas Policlínicas da Asa Norte e do Lago Sul. Estas ofertam atendimentos ambulatoriais de alta qualidade, com profissionais de elevado grau de especialização.
*Com informações da SES-DF