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31/12/2023 às 12:54, atualizado em 02/01/2024 às 16:07
Brasil é o campeão mundial na incidência de descargas elétricas. Não andar em descampados, usar chinelos e se abrigar nos lugares corretos são atitudes simples que evitam tragédias
O Brasil é o campeão em incidência de raios no mundo. Em 2023, somente no Distrito Federal, foram mais de 213 mil descargas elétricas. O número foi 14% maior do que o registrado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no ano passado, quando 187,4 mil raios atingiram o território da capital.
O período de chuvas intensas já começou na capital e há algumas atitudes que podem ser tomadas para evitar acidentes e tragédias. O major do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, Fábio Bohle, é do serviço operacional de informação pública e dá algumas dicas que podem ajudar durante esse período de chuvas intensas no DF.
Sombrinhas e guarda-chuvas não atraem raios, mas, por estarem abertos sobre o corpo, tornam-se as referências mais altas, dependendo do lugar, e podem acabar sendo o ponto de recepção da descarga elétrica.
Para-raios
Áreas com piscinas, praias ou, no caso da capital, lagos, também devem ser evitados. O ideal é procurar um comércio ou uma edificação segura que não tenha estruturas metálicas, que podem ser condutores de eletricidade.
Em apartamentos, por exemplo, é aconselhável ficar longe de janelas com estrutura metálica. É essencial instalar antenas para-raios, que são diretamente aterradas ao solo, não comprometendo a rede elétrica da residência.
Evitar o uso de eletrônicos durante os temporais, deixando os aparelhos fora da tomada é outra medida que pode trazer mais segurança ao lar. Assim como se certificar que extensões não estejam em contato com a água e, na hora de comprar as réguas, dar preferência às que têm fusíveis de emergência que já desligam em caso de sobrecarga.
Algumas atividades, como tomar banho e passar roupas, devem ser feitas com proteção nos pés, sem estar descalço.
Direção na chuva
“Não há noção de quanto volume o temporal vai descarregar. Nos casos de a pessoa se encontrar retida pela água, o veículo é a parte mais segura em que ela pode estar. Ela deve acionar o 193 e aguardar o socorro chegar”Fábio Bohle, major do Corpo de Bombeirosdireita
O militar também ressalta que não se deve tentar atravessar enxurradas, porque não há como medir ou lutar contra a força da água. Além de comprometer o veículo, a pessoa pode acabar ficando presa.
A lama da água pode ocultar obstáculos, como bueiros abertos e valas que podem ter sido abertas durante a chuva, podendo sugar o veículo. Evitar pontes, margens de córregos e lagos é uma escolha mais segura para o condutor.
“Não há noção de quanto volume o temporal vai descarregar. Nos casos de a pessoa se encontrar retida pela água, o veículo é a parte mais segura em que ela pode estar. Ela deve acionar o 193 e aguardar o socorro chegar”, aconselha o bombeiro.
Bohle também alerta para casos de acidentes envolvendo colisões em redes elétricas. Ele afirma que não se deve encostar nas partes metálicas dos veículos. Ademais, o principal é reduzir a velocidade e manter distância segura de outros veículos. Em lugares com visibilidade baixa, ligar o pisca-alerta e, se possível, parar em um local propício para esperar o temporal passar.
Além dos Bombeiros pelo telefone 193, se houver ameaça de desabamento de estruturas é possível contatar a Defesa Civil pelo 199. O órgão envia alertas sobre fortes chuvas por SMS para a população. Para receber os alertas, basta enviar um SMS com o CEP da residência para o número 40199.