04/01/2024 às 20:38

Fumacê intensifica ações contra a dengue no início do ano

Rotas de aplicação de inseticidas foram programadas em 13 cidades do DF, quatro delas estão entre as que mais registraram casos de dengue em 2023

Por Josiane Borges, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader

Com o início do período de chuvas, o Governo do Distrito Federal (GDF) intensifica os esforços no combate ao mosquito Aedes aegypti. Nesta primeira semana de janeiro, o fumacê, uma das principais estratégias para reduzir a proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela, tem percorrido as cidades, aplicando o inseticida nas ruas.

Nesta sexta-feira (5), o inseticida de ultrabaixo volume (UBV) será aplicado na QI 25 do Lago Sul; nas quadras 301 e 302 do Recanto das Emas; na QNJ 6,20,28 e 50 de Taguatinga, nas regiões da QNP 14, 26 e 28 de Ceilândia. Além dessas, o carro do fumacê passará pelos Condomínio Mansões Serrana, no Jardim Botânico, e Nova Petrópolis em Planaltina.

Durante a passagem do fumacê, é recomendado que, ao ouvir o aviso sonoro dos veículos, os moradores abram portas e janelas | Foto: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília

Entretanto, nada disso é totalmente eficaz se a população não fizer a parte dela. A participação da comunidade no combate ao mosquito e à doença é essencial. Durante a passagem do fumacê, é recomendado que, ao ouvir o aviso sonoro dos veículos, os moradores abram portas e janelas. “É importante que pelo menos uma pequena parcela do produto entre nas casas e elimine os mosquitos residenciais”, recomenda o coordenador da Dival.

A Diretoria destaca que a pulverização do fumacê tem horários específicos, das 17h30 às 22h e das 5h às 10h, acompanhando os hábitos do mosquito e atendendo a recomendação da Secretaria de Saúde e do Ministério da Saúde.

A população também deve retirar objetos que possam acumular água das áreas externas, como latas, garrafas, pneus, potes e brinquedos. Além disso, é importante prestar atenção aos vasos de plantas, colocando areia até a borda; às calhas, que devem ser mantidas desobstruídas; e às caixas d’água, que devem estar tampadas. O objetivo é evitar que esses itens se tornem depósitos para os ovos do Aedes aegypti.Para comunicar a Vigilância Ambiental sobre focos no entorno de suas casas, basta ligar no telefone 160.

Números no DF

De acordo com o Boletim Epidemiológico 46 de 2023, até a semana epidemiológica 51, foram registrados 49.426 casos suspeitos de dengue, dos quais 37.698 eram prováveis. Os números representam uma redução de mais de 49,2% em relação ao mesmo período do ano passado, que contabilizou 69.991 casos prováveis da doença no DF. No mesmo período, o registro soma dez casos graves e um óbito causado pela dengue.