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06/01/2024 às 15:34
A maioria das ocorrências em que o serviço atua é de natureza clínica, como dor abdominal, hipertensão, infarto agudo do miocárdio e AVC, com tempo médio de resposta de pouco mais de 30 minutos
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Distrito Federal desempenha um papel fundamental na garantia de assistência qualificada e eficiente em situações de emergência. No decorrer de 2023, o Samu DF recebeu 817.867 ligações telefônicas por meio do telefone 192, totalizando uma média de 68.150 chamados por mês.
Vinculado à Secretaria de Saúde (SES-DF), o serviço atua em diversos tipos de ocorrências, a maioria delas de natureza clínica, com uma média de 60% do total de atendimento. Entre os casos estão dor abdominal, hipertensão, infarto agudo do miocárdio (IAM), acidente vascular cerebral (AVC) e parada cardiorrespiratória (PCR). Cerca de 20% de atendimentos se referem a situações de trauma, como acidente automobilístico, quedas, violência com ferimento de arma branca ou arma de fogo, seguidos de 15% de atendimentos psiquiátricos, 2,5% obstétricos e 2,5% pediátricos.
Apesar dos avanços, os profissionais do serviço móvel enfrentam desafios significativos, como a necessidade de ampliação da frota de ambulâncias e a capacitação contínua dos profissionais. Para superar esses obstáculos, os gestores do Samu têm investido em treinamentos especializados e estão em constante busca por melhorias na infraestrutura e na logística de atendimento.
Em junho de 2023, a instituição recebeu um reforço importante, com mais de 2,6 mil novos equipamentos de proteção individual (EPIs), que garantem a segurança dos profissionais durante as operações. Entre os itens fornecidos estão conjuntos térmicos (capas de chuva), coturnos, joelheiras, japonas (casacos de tecido grosso), macacões e luvas antichamas, além de conjuntos de inflajack (jaquetas com airbag), proporcionando um ambiente mais seguro para a equipe durante as missões de salvamento.
“O Samu é o grande responsável por alcançar a vítima no momento de maior vulnerabilidade. Estamos falando de quadros clínicos e traumáticos, em todas as faixas etárias, desde situações moderadas ou de alta gravidade. Isso demanda uma capacidade de atuação rápida, padronizada, seguida por estabilização na cena e remoção segura para a unidade hospitalar mais próxima dentro do menor tempo possível”, explica o diretor do Samu, Victor Arimatea.
Para facilitar o trabalho dos profissionais do Samu em ocorrências no trânsito, os condutores devem estar atentos às situações de emergência nas vias, permitindo que o caminho para as ambulâncias esteja livre. Conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), as ambulâncias têm prioridade de trânsito e livre circulação quando devidamente identificadas e com alarme sonoro ligado.
“A dica que compartilho com os motoristas é, ao escutarem a sirene, verificarem nos retrovisores a localização da ambulância e deslocarem-se no sentido oposto, reduzindo ou até mesmo parando, se necessário, para permitir a passagem da viatura”, orienta o condutor de ambulâncias do Samu, Rodrigo Nunes. Os pedestres também devem permanecer atentos. “Mesmo ao ouvirem a sirene, alguns continuam atravessando na faixa. Portanto, é mais prudente aguardar e somente atravessar a via quando o veículo já tiver passado pelo local”, completa.
Uma rede de cuidados e preparo
O Samu conta com 49 equipes móveis de intervenção, incluindo unidades de suporte básico (USBs), motolâncias, unidades de suporte avançado (USAs) e até mesmo uma unidade de suporte avançado aeromédico (helicóptero), capaz de oferecer atendimento em situações críticas.
Com mais de 800 servidores, o Samu abrange uma equipe multiprofissional que inclui médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, condutores socorristas e analistas de gestão e de assistência pública em saúde, além de administradores.
*Com informações da SES-DF