24/01/2024 às 18:21, atualizado em 24/01/2024 às 18:28

Dengue clássica ou hemorrágica: entenda a diferença e os sinais de alerta

Enquanto a primeira estaciona nos principais sintomas, como febre e dores no corpo, a segunda é a evolução para o quadro mais grave que pode acontecer mais comumente entre o 3º e 7º dias

Por Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Igor Silveira

O aumento do número de casos de dengue no Distrito Federal acende o alerta para que a população esteja atenta aos primeiros sinais da doença e evite o agravamento da enfermidade. A arbovirose urbana transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti tem quatro sorotipos diferentes, e todos são capazes de causar desde a dengue clássica até a grave, que é mais conhecida como hemorrágica.

Os primeiros sintomas de dengue aparecem entre quatro e dez dias depois da picada do mosquito infectado | Foto: Divulgação/Agência Brasil

Nos casos em que a doença se agrava, os pacientes podem ter queda da pressão arterial, tontura, dor abdominal, vômito contínuo, pontos arroxeados na pele e até sangramentos na gengiva, boca, nariz, ouvido, intestino, na urina e nas fezes.

A reinfecção de dengue é um dos fatores significativos para o desenvolvimento do quadro de dengue hemorrágica. “A partir da segunda ou terceira vez, a doença tende a ser mais grave. A chance é maior de evoluir para dengue hemorrágica. Por isso é importante ter mais atenção e cuidados, além, claro, da prevenção que depende tanto do governo como de nós mesmos”, afirma a médica. Os mosquitos se reproduzem em locais de acúmulos de água.

A ingestão de anti-inflamatórios também influencia no agravamento por aumentarem o risco de hemorragia. Mulheres grávidas, crianças e idosos também têm mais chances de desenvolver complicações.

Tratamento

Ainda não há medicamentos específicos para o vírus da dengue. O principal tratamento para a doença é a hidratação com soro e ingestão de água, água de coco e suco de frutas.

É possível fazer hidratação venosa em uma das 176 unidades básicas de saúde (UBSs) do DF e nas tendas instaladas em nove regiões administrativas. Os mesmos locais também cedem os pacotes para reidratação oral, que devem ser mantidos juntamente com a ingestão dos demais líquidos.

Para aliviar os demais sintomas, podem ser receitados para os pacientes medicamentos analgésicos. Em casos leves, o vírus permanece durante sete dias e os sinais costumam desaparecer depois de uma semana. Mas, até um mês depois dos sintomas, é normal sentir fraqueza pós-viral.

Em casos de sintomas da doença, o paciente deve procurar uma unidade básica de saúde ou as tendas do governo.