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25/01/2024 às 13:09, atualizado em 25/01/2024 às 13:35
Espécies nativas do Cerrado vão substituir pinheiros que foram retirados para segurança dos frequentadores
O Bosque dos Pinheiros, no Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, começa a tomar cara nova. Após retirar os pinheiros por questões de segurança dos frequentadores, o Governo do Distrito Federal (GDF) iniciou o plantio de três mil mudas de espécies nativas do Cerrado. A medida faz parte das ações de recuperação do segundo maior parque urbano do mundo e resgata o projeto original do paisagista Roberto Burle Marx.
Frequentadora do Parque da Cidade, a professora Maria Libana Bezerra elogiou o trabalho: “Foi excelente essa iniciativa do governo, porque vai proporcionar à população mais um local com sombra, bem agradável. Antes não eram espécies do Cerrado, e agora teremos essas que representam Brasília. É um privilégio esse parque, e o GDF tem dado grande importância a essa melhoria. Temos visto o parque numa transformação”.
Relembre o caso
“Esse replantio é muito significativo na composição da história do Parque da Cidade” Renato Junqueira, secretário de Esporte e Lazerdireita
A decisão de retirar os pinheiros foi tomada pelo grupo de trabalho composto pela Novacap, Instituto Brasília Ambiental, Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) e Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) – que administra o Parque da Cidade. Para tanto, foi elaborado um plano de manejo que definiu todo o cronograma e a substituição das espécies.
Muitos desses pinheiros, que possuíam em média 27,7 metros de altura, apresentavam risco de queda, rachaduras, buracos, ferimentos, fungos, brocas e cupins, entre outros problemas. Segundo técnicos, as árvores foram feitas para durar 20 anos no local, e muitas acumulavam 40 anos.
A remoção começou em agosto de 2023, com a supressão de 1.628 pinheiros, seguida pela retirada total, em novembro. A Novacap foi a executora dessas ações. O material foi armazenado e será destinado a leilão público, enquanto os recursos serão encaminhados ao Tesouro do Distrito Federal.
“Esse replantio é muito significativo na composição da história do Parque da Cidade”, aponta o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira. “É resgatar o projeto de paisagismo de Burle Marx e ao mesmo tempo garantir aos frequentadores uma área mais arborizada com espécies nativas de nossa região, além da segurança de quem passa pelo parque.”
Tecnologia e informação
O plantio traz outra novidade, aliada à tecnologia e permitindo uma jornada ambiental aos frequentadores do parque: as árvores serão identificadas com QR codes exclusivos. Ao direcionar a câmera do celular para esses códigos, as pessoas terão acesso às principais informações sobre cada espécie.
Desde o nome científico até a época de floração e colheita dos frutos, tudo estará ao alcance da tela. A inclusão de imagens detalhadas, que abrangem todas essas informações, facilitam a identificação futura de outras árvores da mesma espécie.
* Com informações da Novacap