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26/01/2024 às 17:05, atualizado em 27/01/2024 às 09:45
Pessoas com idade acima de 60 anos lideram a incidência de casos proporcionais no Distrito Federal. Existência de doenças crônicas aumenta as chances de óbito por causa da doença
Integrantes do principal grupo de risco para a dengue, os idosos já totalizam 2.395 casos no primeiro mês de 2024. Segundo dados do boletim epidemiológico divulgado no dia 25 deste mês pela Secretaria de Saúde (SES-DF), a faixa etária de 70 a 79 anos lidera em incidência de casos prováveis de dengue entre os residentes no DF. A incidência nesse grupo atinge 605 casos por 100 mil habitantes, considerando a população dessa faixa etária na capital.
Este ano, os pesquisadores também identificaram a presença de um vírus novo, o chamado tipo 2, bem mais agressivo. A aposentada Iva Laguna teve dengue há dois meses e relata que, até agora, não se sente bem: “Depois da dengue, eu nunca mais fiquei normal, cada dia é um probleminha. Uma hora é dor de cabeça, dor nos olhos, mesmos sintomas de quando eu tinha dengue. É impressionante isso aí, mas os médicos disseram que isso vai até seis, sete meses”.
A queixa de que os sintomas persistem por meses é muito comum entre os pacientes que tiveram dengue. A especialista explica que isso ocorre por causa do processo de inflamação que a picada do mosquito provoca no organismo.
Como se cuidar?
A geriatra da SES-DF também destaca procedimentos que os idosos podem adotar para se proteger: “Existem as medidas físicas de proteção, como o uso de telas mosquiteiras e vestimentas que cubram o corpo; as medidas químicas, como o uso de repelentes, e as medidas preventivas, que envolvem a melhoria do saneamento básico, o manejo ambiental e a participação comunitária, com o objetivo de evitar a infestação domiciliar do mosquito”.
A SES-DF recomenda o uso nas partes expostas do corpo de repelentes à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), de IR3535 ou de Icaridina. Os produtos também podem ser aplicados sobre as roupas. O uso da substância química deve seguir as indicações do fabricante em relação à faixa etária e à frequência de aplicação. Repelentes de insetos contendo esses componentes são seguros para uso durante a gravidez, quando usados de acordo com as instruções do fabricante.
Em crianças menores de 2 anos, não é recomendado o uso de repelente sem orientação médica. Crianças entre 2 e 12 anos, por sua vez, devem usar concentrações de até 10% de DEET, no máximo três vezes ao dia. Também deve ser observada a existência de registro em órgão competente.
*Com informações da SES-DF