01/02/2024 às 14:39, atualizado em 02/02/2024 às 08:27

Vacina contra a dengue na rede pública chegará primeiro ao DF

A imunização começa neste mês de fevereiro e terá como público-alvo mais de 170 mil crianças de 10 a 14 anos

Por Adriana Izel, da Agência Brasília* | Edição: Débora Cronemberger

O Distrito Federal está entre as unidades da Federação que serão contempladas com a primeira remessa de vacinas contra a dengue. O Ministério da Saúde atendeu ao pedido do Governo do Distrito Federal (GDF) de prioridade devido à situação de emergência em virtude do número de casos da doença. O quantitativo destinado à capital federal ainda não foi divulgado pelo governo federal.

“Pedimos a antecipação, uma prioridade na disponibilidade de vacinas aqui no Distrito Federal, e fomos informados pela Secretaria de Saúde que fomos atendidos. Vamos receber a primeira remessa, o que vai contribuir muito no combate à dengue”, defendeu o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha.

A imunização tem como público-alvo as crianças de 10 a 14 anos, que concentram o maior número de hospitalizações por dengue. Na capital federal, a faixa etária equivale a 194 mil habitantes, como informou a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (1) no Palácio do Buriti.

A vacina conta com duas doses. A expectativa é de que a primeira dose seja aplicada ainda em fevereiro, com data ainda a ser definida. Já a segunda tem um intervalo de três meses para aplicação. “Nós precisamos ver que essa resposta da vacina é a médio e longo prazo. Não podemos imaginar que teremos uma resposta imediata. Podemos entender que só no segundo semestre nós teremos essa faixa etária da população, de fato, imunizada”, afirmou a titular da pasta.

O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público. A Qdenga, produzida pelo laboratório Takeda, foi incorporada ao SUS em dezembro do ano passado, após análise da Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec). Ao todo, serão 6 milhões de doses para serem distribuídas por todo o país.

*Colaborou Thaís Miranda