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09/02/2024 às 13:11
Unidade funciona dentro do HRSM de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h e das 13h às 18h
A violência contra as mulheres tem sido cada vez mais comum e recorrente no Distrito Federal. Quem sofre algum tipo de violência doméstica muitas vezes não sabe onde procurar ajuda. No entanto, pode contar com a rede de apoio voltada para esta finalidade nos serviços públicos de saúde. Trata-se dos Centros de Especialidade para Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav).
Moradoras de Santa Maria e Entorno podem procurar ajuda no Cepav Flor do Cerrado, localizado no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). A unidade oferta acompanhamento psicossocial com psicólogas, enfermeiras, assistente social e técnicas de enfermagem.
“Temos uma forma de acesso segura e sigilosa. Qualquer vítima de violência, seja ela física, sexual ou doméstica, fazemos o acolhimento e o acompanhamento psicossocial. Além disso, prestamos todas as orientações quanto ao sistema de proteção e segurança”, explica a chefe do Cepav Flor do Cerrado, Lara Borges.
A unidade costuma realizar atividades em grupos para todas as pessoas em situação de violência. As mulheres costumam ser acompanhadas por um período médio de um ano e meio, onde realizam consultas individuais com a equipe e participam do grupo de mulheres. São oito encontros quinzenais, onde são trabalhados diversos temas e abordadas várias questões envolvendo a temática da violência.
“Todos os casos de violência doméstica, sexual ou familiar devem ser notificados. Por isso, estamos fazendo o treinamento com os profissionais de saúde para o devido preenchimento da ficha de notificação compulsória, disponibilizada em todos os setores do hospital. Assim, é possível fazer a busca ativa destas pacientes para realizar o acolhimento no Cepav”Lara Borges, chefe do Cepav Flor do Cerradodireita
“Depois deste primeiro grupo, essas mulheres começam os grupos de manutenção, que possuem quatro encontros, sendo um por mês. Só então recebem alta. Porém, temos alguns casos específicos que nos procuram depois disso, então elas ficam tendo o acompanhamento psicossocial individual, pois muitas vezes não conseguem romper com o ambiente de violência”, destaca a psicóloga Aline Silva.
Segundo a profissional, a maioria das pessoas em situação de violência, principalmente as mulheres, busca o espaço para falar, tendo em vista que a violência doméstica ainda é um tema repleto de tabu. Outras têm medo de falar e acham que devem manter segredo. “A ética e o sigilo da nossa profissão dão segurança para essas mulheres, que aos poucos, expressam seus sentimentos e emoções. Muitas vezes é necessário usar nossos instrumentais terapêuticos, pois ajudam a quebrar o gelo e a vencer a timidez, através de bonecos, figuras e outros recursos lúdicos que auxiliam na comunicação”, afirma. O grupo voltado para mulheres deste ano iniciou este mês e vai até maio.
*Com informações do IgesDF