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30/09/2016 às 19:51, atualizado em 13/12/2016 às 17:59
Homens e adultos de 20 a 49 anos estão entre os mais afetados. Dados foram divulgados pela Secretaria de Saúde nesta sexta-feira (30)
De janeiro a 24 de setembro de 2016, a Secretaria de Saúde registrou 1.913 casos de caxumba no Distrito Federal. A maioria dos doentes — 1.873 — é formada por moradores locais. Os dados constam no Boletim Epidemiológico nº 10, divulgado nesta sexta-feira (30) pela pasta.
No DF, o surto da doença, iniciado no segundo semestre do ano passado, acometeu mais pessoas do sexo masculino. Elas representam 56,8% — 1.064 — dos casos notificados à Diretoria de Vigilância Epidemiológica da secretaria. Por idade, a faixa etária mais atingida foi a de 20 a 49 anos, com 925 registros, o que equivale a 49,4%.
As regiões administrativas com maior ocorrência são o Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), o Varjão e São Sebastião. Em números absolutos — ou seja, sem levar em consideração a proporção de habitantes em relação à quantidade de doentes no local —, Ceilândia tem a maior concentração de casos (356), seguida por Taguatinga (173) e São Sebastião (157).
Febre, calafrios, dores de cabeça e musculares — ao mastigar ou engolir — e fraqueza são os sintomas mais comuns da caxumba. A doença também é caracterizada pelo aumento de glândulas salivares, que fazem o rosto inchar. A incubação do vírus (período de contaminação até aparecerem os primeiros sintomas) pode variar de 12 a 25 dias.
Para reduzir a propagação do vírus, a Vigilância Epidemiológica monitora e investiga os surtos, além de fazer o bloqueio vacinal seletivo nos casos indicados — processo de imunizar quem teve contato com pessoas contaminadas. Em caso de surto, os pacientes são isolados de 10 a 15 dias após o início dos sintomas e orientados a adotar uma série de recomendações, como não compartilhar copos e talheres, evitar aglomerações e ambientes fechados e adotar uma alimentação balanceada.
A maneira mais eficaz para evitar a caxumba é a vacina tríplice viral, que também protege do sarampo e da rubéola. A imunização deve ser feita em crianças aos 12 meses de vida. Aos 15 meses, aplica-se a tetra viral (contra caxumba, sarampo, rubéola e varicela).
Em crianças e adolescentes de até 19 anos, são ministradas duas doses. Para pessoas entre 20 e 49 anos é necessária apenas uma dose da tríplice viral. As vacinas estão disponíveis durante todo o ano em todos os centros de saúde.
Edição: Raquel Flores