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21/10/2016 às 21:32, atualizado em 07/12/2016 às 12:00
Parte do Viva Brasília — Nosso Pacto pela Vida, projeto da Secretaria da Segurança Pública quer formar voluntários para solucionar conflitos dentro e fora do ambiente escolar
A primeira edição do Comitê de Paz na Escola concluiu nesta sexta-feira (21) a capacitação de 40 alunos do Centro de Ensino Fundamental 18 de Ceilândia. Os adolescentes voluntários aprenderam a solucionar conflitos dentro e fora do ambiente escolar. Durante um mês, integrantes da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social deram palestras, incentivaram discussões e promoveram oficinas para debater violência, preconceito, questões de identidade de gênero e bullying (agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva).
A iniciativa é uma estratégia do Viva Brasília nas Escolas, parte do Viva Brasília — Nosso Pacto pela Vida, principal programa de segurança pública do governo. “Queremos estimular que os alunos tenham mais participação na escola e se apropriem deste espaço”, explica a coordenadora do comitê, Thaynara Melo Rodrigues, da Subsecretaria de Segurança Cidadã. “Trabalhamos também a questão da violência interpessoal para melhorar a convivência entre os próprios alunos.”
[Olho texto='”Com a chegada do projeto (Comitê de Paz na Escola), o clima ficou mais tranquilo”‘ assinatura=”George Lopes, diretor do Centro de Ensino Fundamental 18 de Ceilândiaesquerda
Segundo o diretor do centro de ensino, George Lopes, “o projeto trabalha o respeito pelo outro”. A intenção, acrescenta Lopes, é diminuir a agressividade dentro da escola. “Com a chegada do projeto, o clima ficou mais tranquilo”, comenta. Hoje, para finalizar a estreia do projeto, foram oferecidas oficinas de desenho do projeto Picasso não Pichava e de discotecagem.
Depois de ouvir as solicitações dos alunos, o comitê conseguiu definir soluções para alguns problemas apontados. Uma delas, por exemplo, foi a contratação de um guarda para a portaria do colégio. “Agora me sinto mais segura”, elogia a estudante Débora Cristina Fernandes Rodrigues, de 15 anos. Para ela, os debates foram importantes para os colegas entenderem os problemas uns dos outros.
O projeto surgiu com base em estudos da Secretaria da Segurança Pública, que identificaram índices altos de criminalidade no perímetro de unidades de ensino do DF, com incidência de ocorrências como assaltos, formação de gangues e venda de drogas. Dentro da escola, a pasta identificou cultura de violência com conflitos de gênero, bullying e preconceito racial.
Depois de Ceilândia, o Comitê pela Paz seguiu para o Centro de Ensino Médio 2, em Planaltina. A meta é passar por 20 escolas de várias regiões administrativas até o fim de 2017 – as próximas devem ser Samambaia e Estrutural. No final do processo, a Secretaria da Segurança Pública vai promover a interlocução de todos os comitês para troca de experiências, com a ideia de formar um fórum de paz dos estudantes da rede pública de ensino.
Edição: Raquel Flores