10/11/2016 às 20:04, atualizado em 11/11/2016 às 15:54

Brasília celebra os 60 anos do Catetinho, a primeira casa de JK

Solenidade nesta quinta-feira (10) marcou aniversário da edificação de madeira, erguida como moradia provisória do presidente durante a construção da nova capital brasileira

Por Gabriela Moll, da Agência Brasília

Ao caminhar pela simples construção de madeira, a sensação do observador é de voltar para onde tudo começou. Há exatos 60 anos, era inaugurado o Catetinho, primeira residência oficial do presidente Juscelino Kubitschek na nova capital do Brasil, em construção.

Catetinho em obras em 1956.

Antes: Arquivo Público do Distrito Federal – 1956. Depois: Toninho Tavares/Agência Brasília

O secretário de Cultura, Guilherme Reis, reforçou a importância do espaço para a cultura do DF. “Esse local respira a história de Brasília, é um prédio que está na memória de todos os brasilienses como um programa de família”, disse.

Ele adiantou que 2017 será um ano de comemorações para o patrimônio cultural da cidade. “Quando for implementada, a lei orgânica da cultura nos permitirá avanços nesse aspecto. Trabalhamos para dinamizar e valorizar os equipamentos públicos”, concluiu Reis.

Homenagens a Juscelino Kubitschek nos 60 anos do Catetinho

A solenidade desta noite foi embalada pelo sexteto da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro. No programa, obras conhecidas por fazerem parte do repertório preferido por JK, como a canção folclórica Peixe Vivo, de Carlos Mendes e Neurisvan Rocha Alencar.

Os músicos também executaram temas de Chico Buarque de Holanda e do compositor clássico austríaco Amadeus Mozart para homenagear o presidente.

Outra obra tocada nesta noite, Água de Beber, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, tem relação direta com o Catetinho. A dupla de compositores brasileiros ficou hospedada por dez dias no edifício, em 1959, para compor a Sinfonia da Alvorada, que seria tocada na inauguração de Brasília.

A peça não foi entoada na inauguração por motivos burocráticos. No entanto, a passagem dos artistas rendeu a criação da obra-prima, inspirada em um córrego de água límpida, localizado na mata ao redor do Catetinho.

“A nascente foi nomeada como Tom Jobim, para homenagear essa história”, conta o diretor do museu do Catetinho, Aurentino Ferreira Costa. De acordo com ele, 23 mil pessoas passam pelo local por ano.

Também participaram do evento o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Antonio Coimbra, e a colaboradora do governo Márcia Rollemberg.

Catetinho

Km 0, BR-040

Visitação de terça a domingo

Das 9 às 17 horas

Entrada franca

(61) 3338-8803

Edição: Vannildo Mendes