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02/12/2016 às 18:31, atualizado em 07/12/2016 às 11:15
Esquema de segurança e de trânsito foi divulgado pelos órgãos responsáveis na tarde desta sexta (2). Manifestantes serão direcionados para o gramado central da Esplanada. A partir das 7 horas, Vias N1 e S1 estarão fechadas na altura da Rodoviária do Plano Piloto
Manifestantes vão passar por diversos pontos de revista para acessarem a Esplanada dos Ministérios, no domingo (4). Dois movimentos — Brasil Livre e Vem pra Rua — têm credenciamento da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social para protesto no local. Eles deverão ocupar apenas o gramado central e não terão acesso à área restrita no entorno do Congresso Nacional. O esquema de segurança e de trânsito para a data foi divulgado pelos órgãos responsáveis na tarde desta sexta-feira (2), na sede da Subsecretaria de Integração e Operações de Segurança.
Por precaução, a pasta atuará com protocolo e efetivo para atender 25 mil manifestantes no ápice do ato público, embora a previsão dos grupos seja reunir, ao todo, de 15 a 20 mil pessoas. No total, a estimativa é que 1,7 mil servidores trabalhem no domingo, podendo haver reforço caso necessário. Serão 1,5 mil policiais militares, 70 bombeiros, 25 agentes do Departamento de Trânsito (Detran-DF) e um reforço médio de 50 policiais civis nas delegacias próximo ao local.
O trânsito na região passará por alterações. As Vias S1 e N1 serão fechadas — da altura da Rodoviária do Plano Piloto, após a alça leste, até a L4 — a partir das 7 horas. A abertura e a liberação do trecho ocorrerão duas horas após a dispersão dos grupos. Os movimentos informaram que a concentração será às 9 horas, com término previsto para as 13 horas. Como alternativa para circulação e estacionamento, os que forem de carro poderão usar as Vias S2 e N2, que estarão liberadas.
Nas pistas interditadas — S1 e N1 —, haverá viaturas e serviços do governo local posicionados, como o Serviço de Limpeza Urbana (SLU). O Corpo de Bombeiros Militar terá 13 carros no local, e o Detran-DF atuará com 8 veículos, apoio do helicóptero e dois guinchos. A Polícia Civil do DF vai trabalhar com reforços na 5ª Delegacia de Polícia, que atende a região da Esplanada dos Ministérios. Caso a demanda seja alta, a 1ª Delegacia de Polícia (no final da Asa Sul) e o Departamento de Polícia Especializada (no Parque da Cidade) estarão prontos para ser acionados.
Os pontos de revista serão distribuídos em diversos lugares da Esplanada. Parte estará concentrada logo no início, após a Rodoviária do Plano Piloto. Mais adiante, haverá reforço na altura da Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, com direcionamento dos manifestantes para o gramado central. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, não será permitido que o protesto ocupe as vias. Nas áreas próximas dos ministérios — entre a S2 e a S1 e entre a N2 e a N1 — também estarão espalhados pontos de revista.
A Praça dos Três Poderes e adjacências não poderão ser acessadas, o que abrange a área do Ministério da Justiça, do Palácio do Itamaraty, o Congresso Nacional desde a Alameda dos Estados, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.
“Vamos repetir o que tem sido a tradição de Brasília, manifestações civilizadas e pacíficas, dando exemplo de cidadania e de consolidação da nossa democracia”, avaliou a secretária da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar. De acordo com ela, foram 142 atos de cunho político na área central de Brasília em 2016, com registro de distúrbio civil apenas no último, ocorrido na terça-feira (29), quando houve depredação de patrimônio público.
A pasta orienta que os manifestantes portem documentos de identificação, evitem levar celulares e objetos de valor, e, em caso de chuva, prefiram capas em vez de guarda-chuvas. Eles não devem usar máscaras nem estar com objetos cortantes, como garrafas de vidro, fogos de artifícios e madeira. É permitido entrar com mochilas, mas elas serão revistadas. Aos pais que forem com crianças, é aconselhado que usem pulseiras para identificá-las. A secretaria pede ainda que o público comunique aos policiais caso perceba pessoas ou grupos com o intuito de tumultuar o protesto.
Representantes de diferentes órgãos, inclusive do governo federal, vão acompanhar a operação no Centro Integrado de Comando e Controle Regional, com o auxílio de câmeras de segurança.
Também participaram do anúncio nesta sexta-feira (2) o comandante-geral da Polícia Militar do DF, coronel Marcos Antônio Nunes de Oliveira, o subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, coronel Alexandre Costa, e o diretor adjunto da Polícia Civil, Cícero Jairo.
Edição: Raquel Flores