Fercal: cidade jovem e cheia de desafios

 FERCAL (16/7/13) – Infraestrutura e transporte: são essas as prioridades para melhorar a vida dos 30 mil habitantes da Fercal, na visão do administrador da 31ª Região Administrativa do DF, Alexandre de Jesus Silva Yañez.

“As pessoas se sentem mais próximas do governo, sentem que tem alguém trabalhando para resolver os seus problemas. Aqui a infraestrutura é pequena, temos que praticamente começar do zero”, explicou Yañez.

A caçula entre as regiões administrativas do DF é uma veterana na ocupação do Planalto Central. Embora tenha se tornado uma RA apenas em fevereiro de 2012, a Fercal completa no próximo mês de setembro 57 anos.

O administrador da cidade comentou os investimentos que o local recebe, em entrevista à Agência Brasília.

Agência Brasília – Há cerca de um ano e meio, a Fercal se tornou a 31ª Região Administrativa do Distrito Federal. O que mudou depois disso para a população da cidade?

Administrador – Embora tenha sido criada em fevereiro, a instalação da administração regional aconteceu de fato em outubro, e, desde então, estamos estruturando as ações do governo na cidade. Nossa primeira ação foi ouvir a população, entender quais eram as principais demandas da nossa cidade. A Fercal é estruturada em uma série de núcleos urbanos e rurais, e cada um tem as suas demandas específicas.

E quais foram essas demandas?

Cada localidade tem problemas específicos que precisam ser resolvidos. No entanto, algumas foram mais generalizadas: a falta d’água, que deixava algumas regiões sem abastecimento não por um, mas por dez dias seguidos; e o transporte público.

Nesses casos há soluções previstas?

As soluções já estão sendo postas em prática. A Caesb fez uma obra muito grande que tirou Sobradinho II da rede de água que serve a Fercal, com isso a água passou a chegar com mais força e sem falta. Hoje podemos dizer que não há mais problemas generalizados, o que há, no máximo, são questões pontuais. A solução que deixará o abastecimento perfeito é a reforma do sistema de distribuição, que ainda é muito antigo. Esta parte está em execução. Sobre o transporte, fazemos parte da Bacia 1, e acreditamos que em outubro já estaremos recebendo os primeiros ônibus.

Do ponto de vista administrativo, muda alguma coisa a existência de uma administração independente de Sobradinho II?

Muda muito porque acaba com aquela dinâmica de aqui ser um apêndice da outra administração. As pessoas se sentem mais próximas do governo, sentem que tem alguém trabalhando para resolver os seus problemas. Aqui a infraestrutura é muito pequena, temos que praticamente começar do zero, mas esse trabalho começou e deve ser cada vez mais rápido e eficiente, já que vivemos aqui e compreendemos de perto os problemas da população.

Para os próximos meses, quais são os principais projetos para a cidade?

Estamos concluindo a ponte da Rua Flor de Liz, que era um problema antigo. No sistema anterior, baseado em manilhas, sempre que chovia, a força da água levava as manilhas, e a população do outro lado do rio ficava ilhada. Outra ação que vai mudar a vida das pessoas é a organização do sistema de endereçamento da Fercal, que hoje não existe e impede, por exemplo, que as pessoas recebam correspondência. Também estamos ampliando a iluminação rural e construindo um centro esportivo. A expectativa é entregar tudo isso em setembro, no aniversário da cidade.

(T.M./M.D.)