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25/01/2017 às 10:01, atualizado em 25/01/2017 às 15:45
Comércio ganhou 11 mil novas ocupações, mas construção civil perdeu 7 mil. Desemprego se manteve estável, com 18,6% em relação a novembro. Dados estão na PED divulgada nesta quarta (25)
O setor de serviços do Distrito Federal abriu 18 mil novos postos de trabalho em dezembro de 2016. No comércio, foram 11 mil novas ocupações. Em menor quantidade, a construção civil e a indústria de transformação tiveram redução de postos, de 7 mil e de 3 mil, respectivamente. Em relação a novembro, o desemprego fechou o ano passado relativamente estável — passou de 18,5% para 18,6%.
Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) no DF referente a dezembro de 2016, divulgados na manhã desta quarta-feira (25), no auditório da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, no Setor Comercial Sul.
O cenário de novos postos de trabalho, quando comparado com o mesmo período de 2015, também é de melhora. De dezembro de 2015 a dezembro do ano passado, o acréscimo foi de 31 mil.
Esses pontos, no entanto, não foram suficientes para diminuir o desemprego em Brasília diante da pressão no mercado de trabalho. Em dezembro de 2016, registrou-se a entrada de 24 mil pessoas. Em relação ao mesmo mês de 2015, incorporaram-se 114 mil ao mercado de trabalho local. Até o fim de 2016, a pesquisa estimou o número total de desempregados no DF em 302 mil.
Segundo a coordenadora do Sistema PED Nacional, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Lúcia Garcia, o aumento do número de pessoas que se tornam economicamente ativas (formaram-se e começaram a procurar emprego, por exemplo) sem ter vagas é um problema que ocorre desde 2015.
A perspectiva para melhorias depende da diversificação da economiaesquerda
“Precisamos estudar mais profundamente essa elevação constante da quantidade de pessoas no mercado de trabalho”, complementou o presidente da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), Lucio Rennó. Ele acredita que a perspectiva para melhorias depende da diversificação da economia, com mudanças como maiores salários na área privada em comparação ao setor público.
Para o secretário adjunto do Trabalho, Thiago Jarjour, presente na divulgação da PED, essa relativa estabilidade do desemprego não é motivo para comemorar, porque ele ainda está muito alto.
A PED é feita pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), pela Secretaria do Trabalho e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em parceria com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados do governo de São Paulo.
Acesse a íntegra da Pesquisa de Emprego e Desemprego no DF – dezembro/2016.
Edição: Raquel Flores