15/03/2017 às 08:37, atualizado em 16/03/2017 às 13:28

Disque Denúncia recebeu mais de 255 mil ligações em 2016

Tráfico de drogas é o crime mais denunciado, com 70% dos casos. Ceilândia, Samambaia e Taguatinga são as regiões em que os moradores mais utilizam o serviço, importante ferramenta da sociedade no combate ao crime

Por Da Agência Brasília, com informações da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social

Em 2016, o Disque Denúncia da Polícia Civil do Distrito Federal recebeu 255.164 ligações da comunidade, das quais 17.674 viraram processos criminais. Parte das informações, levadas à corporação pelo canal 197, resultou em grandes apreensões de drogas e ajudou na elucidação de diversos crimes, inclusive homicídios.

A média no ano foi de 650 ligações por dia, processadas pela Divisão de Controle de Denúncias e Ocorrências Eletrônicas (Dicoe). Das informações que se tornaram denúncia criminal, 13.308 foram por telefone, 1.964 pelo aplicativo do serviço, 2.117 por e-mail e 285 pelo site da Polícia Civil.

O canal de denúncias 197 é uma importante ferramenta à disposição da população para o combate ao crime no Distrito Federal. Para manter uma relação de credibilidade com a sociedade, o serviço garante completo anonimato ao informante.

[Numeralha titulo_grande=”75%” texto=”Percentual de denúncias recebidas pela Polícia Civil, que chegam pelo canal 197esquerda

Para dar conta da demanda, a divisão trabalha as 24 horas do dia no atendimento e avaliação de denúncias. Cerca de 75% das informações recebidas chegam pelo telefone, seguido pelo WhatsApp e o e-mail, ambos com 10%.

No ano passado, em razão das denúncias da população, houve aumento na quantidade de drogas apreendidas em todo o DF. No caso da maconha, foram 3.912 quilos, 67% a mais do que em 2015 (2.336). A apreensão de lança-perfume cresceu 164%. Em 2015, foram 311 frascos, contra 820 em 2016.

Para o diretor da Dicoe, Evilson Cavalcante, toda ajuda é importante, e o cidadão pode ficar tranquilo quanto ao anonimato. Além disso, a polícia vem trabalhando em novos canais para facilitar ao usuário fazer as denúncias. “O serviço, sobretudo, é uma ferramenta de parceria com a sociedade na melhoria dos serviços de segurança pública”, enfatiza.

A ajuda da comunidade, segundo ele, foi essencial em alguns casos conhecidos no DF, como a localização dos fuzis furtados da viatura da Polícia Federal, no Setor Comercial Sul, em outubro de 2014.

[Olho texto='”O disque denúncia é uma ferramenta de parceria com a sociedade para melhoria dos serviços de segurança pública”‘ assinatura=”Evilson Cavalcante, diretor da Dicoedireita

O canal também ajudou na prisão de dois homens suspeitos de matar a marteladas e atear fogo no corpo de um comerciante de 42 anos, no Riacho Fundo II, no fim do ano passado. O corpo da vítima foi encontrado em Alexânia.

Outra denúncia impediu, em março do ano passado, que um casal chegasse ao DF com 70 quilos de maconha, quatro de haxixe e dois de cocaína oriundos do Paraguai.

Processo criterioso de análise dos dados

Quando a denúncia chega, inicia-se um processo criterioso de separação, revisão e armazenamento dos dados coletados. Uma pista pode servir para comparar com outras que virão ou com alguma já existente sobre o mesmo lugar, pessoa ou tipo de crime.

Informações sobre um ponto de venda ou uma carga de drogas que está a caminho do DF, ou sobre a localização de algum homicida, por exemplo, são inseridas em um sistema que centraliza todas as denúncias criminais do DF e as encaminha diretamente a cada delegacia responsável pela apuração.

Dependendo do tipo de pista, o trabalho da polícia e a prisão podem acontecer em tempo real. O trabalho de recepção, análise e resultado das denúncias é avaliado posteriormente pelos agentes da Dicoe, que produzem levantamentos de locais críticos de cada região, de acordo com o teor das informações recebidas.

Canais para denúncia

Telefone 197, opção zero

WhatsApp (61) 98626-1197

E-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br

Site: www.pcdf.df.gov.br

A Dicoe também recebe denúncias pelo disque 100, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos e pelo disque 180, da Secretaria Nacional de Política para as Mulheres

Edição: Vannildo Mendes