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31/03/2017 às 09:28, atualizado em 20/06/2017 às 14:54
Serão 240 dias para execução dos trabalhos em caráter emergencial. Para desafogar o Descoberto, Subsistema Produtor do Lago Norte terá capacidade de captação de 700 litros por segundo
Foi aberto nesta sexta-feira (31) o pregão eletrônico para aquisição, instalação e operação assistida do Subsistema Produtor do Lago Norte, que vai captar água de forma emergencial no Lago Paranoá. A licitação ocorre pelo Portal de Compras do Governo Federal.
Com a obra, o Descoberto vai receber reforço de 700 litros por segundo. O valor estimado da concorrência pública é de R$ 49.437.958 — parte dos R$ 55 milhões liberados pelo Ministério da Integração Nacional.
“A captação emergencial do Lago Paranoá deve ficar pronta na mesma época do Bananal. Juntos, eles vão reforçar tanto Descoberto quanto Santa Maria”, explica o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), Maurício Luduvice.
A água será captada no braço do Torto, no Lago Paranoá. A estrutura vai ficar na ML 4, no Setor de Mansões do Lago Norte. Trata-se de uma estação de tratamento de água compacta, com membranas de ultrafiltração, uma das mais modernas tecnologias para tratar água.
Depois de tratada, a água vai para dois reservatórios: um no Lago Norte e um no Paranoá. Os locais abastecidos serão Asa Norte, Itapoã, Lago Norte, Paranoá, parte de Sobradinho II e Taquari. Atualmente, o fornecimento para essas regiões é feito pelo Sistema Santa Maria-Torto.
Com a captação emergencial no Lago Paranoá, a água do Sistema Produtor Santa Maria-Torto que ia para o Lago Norte e o Paranoá passa a seguir para outros dois reservatórios — um no Parque da Cidade e outro no Cruzeiro.
O bombeamento desses dois pontos vai atender Águas Claras (zona média e zona baixa), Candangolândia, Colônia Agrícola Águas Claras, Guará I, Guará II, Lucio Costa, Núcleo Bandeirante e Setor de Mansões Park Way Quadras 1 a 5. Hoje, todas essas regiões são abastecidas pelo Sistema Produtor do Descoberto.
Além das obras do Bananal e as de captação emergencial do Lago Paranoá, a Caesb tem ainda um projeto, já licitado, para captar, armazenar, tratar e distribuir água de forma definitiva no Lago Paranoá. As obras aguardam a liberação de recursos federais (cerca de R$ 480 milhões).
Pelos próximos 40 anos, serão atendidas 600 mil pessoas no Paranoá, no Lago Oeste, no Tororó, nos Condomínios Jardim ABC, Jardim Botânico e Alphaville e em Sobradinho.
Outro empreendimento em curso é o Sistema Produtor Corumbá 4, próximo a Luziânia (GO). Em parceria com o governo de Goiás, a construção, orçada em cerca de R$ 540 milhões, deve abastecer 1,3 milhão de pessoas nas duas unidades federativas.
As intervenções sob responsabilidade de Goiás, porém, estão interrompidas após recomendação do Ministério Público Federal, que investiga ilícitos em contratos e licitações da estatal goiana.
Edição: Raquel Flores