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03/04/2017 às 18:30, atualizado em 05/04/2017 às 15:41
Em encontro nesta segunda-feira (3), docentes e representantes do Executivo avaliaram possibilidade de pagamento integral da pecúnia ou de destinar parte do recurso para outros benefícios
Na 11ª reunião entre o governo de Brasília e representantes do Sindicato dos Professores no DF (Sinpro-DF), nesta segunda-feira (3), no Palácio do Buriti, foi exposto o esforço do Executivo em destinar recursos para atender reivindicações da categoria, em greve há três semanas.
Entre as medidas analisadas está o pagamento das pecúnias dos professores ou o uso de parte dos recursos, por exemplo, para o custeio de auxílio-saúde até o fim deste ano. Ao todo, os benefícios em negociação com a categoria representam um impacto de até R$ 100 milhões no orçamento.
A proposta será estudada pelo grupo de trabalho do governo e, então, apresentada aos representantes do Sinpro-DF. “Dentro desse montante, o dinheiro poderá ser redirecionado para atender a maioria da categoria”, admitiu o secretário de Educação, Júlio Gregório Filho.
[Numeralha titulo_grande=”R$ 100 milhões” texto=”Impacto no orçamento do DF das medidas negociadas com os representantes dos professoresesquerda
Uma das hipóteses de remanejamento, segundo ele, poderá contemplar o auxílio-saúde, uma das reivindicações da categoria. “Tudo será feito e honrado dentro desta gestão. Isso vai ser estudado para que possamos atender o maior número possível de professores”, explicou.
Nova rodada de negociação será marcada ainda nesta semana. A medida levada à mesa pelo governo foi considerada um passo positivo pelos representantes sindicais. “O governo já aponta para recursos dentro do orçamento que poderão ser usados para atender à nossa demanda. Negociação é um exercício”, resumiu Rosilene Corrêa, diretora do Sinpro-DF.
Para Gregório, houve avanço “na medida em que se conseguiu, pelo menos, fazer uma proposta tendo a certeza de que as negociações continuarão e até onde o Estado possa honrar”, disse ele. “O nosso compromisso é manter os salários em dia, sem parcelamentos ou atrasos”, completou.
No encontro da quinta-feira (30), ficou firmado o compromisso de o governo não implementar a Lei da Terceirização no âmbito do DF e de discutir com a categoria qualquer mudança em relação à reforma da Previdência.
O Executivo reafirmou sua posição de só recompor o pagamento dos dias parados no mês seguinte ao retorno dos grevistas ao trabalho. Por meio de nota, o governo de Brasília faz um apelo à categoria e diz esperar “que a parcela de professores que ainda permanece em greve retorne imediatamente às salas de aula.”
Edição: Vannildo Mendes