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21/04/2017 às 09:15, atualizado em 26/04/2017 às 16:39
No mesmo ano em que são comemoradas três décadas do recebimento do título da Unesco, completam-se 60 anos da escolha do projeto urbanístico de Lucio Costa para a construção da cidade
O aniversário de 57 anos de Brasília é nesta sexta-feira (21), mas duas outras comemorações marcam 2017: os 60 anos da escolha do projeto de Lucio Costa para a nova capital federal e os 30 anos do reconhecimento do Plano Piloto de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade.
De acordo com o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura, Gustavo Pacheco, o cuidado patrimonial leva em conta o passado e o futuro. “Temos que olhar para trás e manter o que herdamos e enxergar lá na frente, com projetos que mantenham a cidade como algo da população.”
Como exemplo, Pacheco cita o plano Orla Livre. O projeto do governo de Brasília de devolução da orla do Lago Paranoá para o público segue o planejamento de Lucio Costa, de manter o livre acesso ao local.
Outra ação desta gestão ressaltada pelo subsecretário do Patrimônio Cultural é a revitalização do Setor Comercial Sul pela ocupação de espaços. A escala gregária do projeto indica aquele lugar como um dos pontos de convivência da cidade.
Ainda neste ano, a Secretaria de Cultura planeja retomar o prêmio José Aparecido Oliveira, para ações de preservação e valorização do patrimônio.
O nome da premiação homenageia o governador do Distrito Federal de 9 de maio de 1985 a 19 de setembro de 1988, período em que Brasília virou patrimônio da humanidade.
Em dezembro, ocorrem as Jornadas de Patrimônio, organizadas em conjunto pelo governo de Brasília e a Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no DF (Iphan-DF). Mesas redondas e espetáculos musicais estão entre as atrações previstas para o mês em que se completam 30 anos do título.
O governo de Brasília ainda vai investir mais de R$ 7 milhões em quatro anos com educação patrimonial. Em março, foi fechado acordo de cooperação entre a Secretaria de Cultura, a Unesco e a Agência Brasileira de Cooperação, do Ministério das Relações Exteriores, para trazer consultorias especializadas ao DF.
Em 1990, três anos após o recebimento do título pela Unesco, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou o Plano Piloto de Brasília. A preservação, porém, não se limitou ao projeto de Lucio Costa.
Brasília tem 27 bens tombados individualmente pelo Iphan. Entre os mais representativos estão o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal. Ainda do governo federal, há os Palácios da Alvorada, do Jaburu, da Justiça e do Itamaraty e seus anexos.
Os tombamentos, no entanto, não se limitam a prédios da administração pública federal. A reportagem visitou dois locais que preservam a memória do presidente da República responsável pela construção de Brasília, Juscelino Kubitschek.
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Igrejinha Nossa Senhora de Fátima
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Memorial dos Povos Indígenas
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Memorial JK
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Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida
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Catetinho
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São eles o Memorial JK, no Eixo Monumental, museu projetado por Oscar Niemeyer para retratar as vidas pública e privada do político, e o Catetinho, primeira residência estabelecida por Juscelino Kubitschek em Brasília. O projeto também é de Niemeyer.
A influência de Oscar Niemeyer se estende também à religião. São projetos dele a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, sede da Arquidiocese de Brasília, e a Igrejinha Nossa Senhora de Fátima, na 308 Sul, primeiro templo em alvenaria a ser erguido na capital.
Há ainda o Memorial dos Povos Indígenas, no Eixo Monumental. Trata-se de outro projeto de Oscar Niemeyer, feito para valorizar a cultura indígena do País.
Edição: Paula Oliveira