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13/06/2017 às 12:41, atualizado em 14/06/2017 às 16:43
Foram assinados dois documentos: um para a construção de uma sala de controle e outro para pesquisas sobre políticas públicas no setor
O governo de Brasília e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fecharam, na manhã desta terça-feira (13), duas parcerias para melhoria da gestão pública na saúde do Distrito Federal. As assinaturas ocorreram no Palácio do Buriti.
Entre as iniciativas está o convênio com a Secretaria de Saúde para o aperfeiçoamento da regulação dos serviços oferecidos pela rede pública e para a construção de uma sala de controle, com dados do setor.
O outro documento é um protocolo de intenções para fins de pesquisa de interesse mútuo sobre políticas públicas na saúde, com informações correlatas de outras áreas, como educação, trabalho e relações de raça e gênero.
Na prática, haverá a possibilidade de a fundação estudar a base de dados de todas as pastas do governo para análise e geração de dados científicos. Para o governador Rodrigo Rollemberg, que assinou o protocolo ao lado da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, a iniciativa possibilitará a criação de políticas públicas mais eficientes. “Isso permitirá uma melhor organização da rede pública.”
Nísia ressalta que o estudo de informações não ligadas diretamente à saúde é importante para a promoção eficaz da cidadania. “O que estamos fazendo hoje certamente servirá de modelo para outras unidades da Federação. A saúde está em todas as políticas, e a visão da informação como bem público é o que inspira essa ação.”
Segundo o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, que assinou o convênio da pasta com a Fiocruz nesta manhã, a estruturação do complexo regulador da secretaria vai permitir organizar as filas dos serviços oferecidos atualmente. “Hoje temos a regulação funcionando somente para 17 especialidades, para alguns exames de alta complexidade e para os leitos de UTI [unidade de terapia intensiva].”
[Numeralha titulo_grande=”R$ 3,4 milhões” texto=”Valor do convênio do governo de Brasília com a Fiocruz; recurso vem do Fundo Nacional de Saúdeesquerda
Com o complexo, a regulação se estenderá, por exemplo, aos leitos de internação, às especialidades ambulatoriais e à fila cirúrgica.
Já a sala de situação, que também será possível graças ao convênio, servirá para reunir informações como fila para procedimentos hospitalares e outros indicadores da pasta. “Trata-se de transparência, não só para o planejamento da gestão como para o controle social”, avalia o secretário.
Em até dois anos, a Fiocruz enviará consultores à secretaria para ajudar na construção das duas novidades. O valor do convênio é de R$ 3,4 milhões, do Fundo Nacional de Saúde. A verba precisa ser aplicada em gestão.
No evento para as assinaturas, Rollemberg lembrou as obras de infraestrutura que o governo tem feito em várias partes do DF. “São investimentos que aparentemente não são da área, mas que terão impacto muito positivo na saúde da população.”
Entre as regiões que estão recebendo obras de infraestrutura, o governador citou o Sol Nascente, em Ceilândia; a Vila Buritizinho, em Sobradinho II; e Vicente Pires. Além disso, o governador destacou as ações para conter a crise hídrica no DF, como a criação de outras opções de captação de água, o Corumbá 4, o Bananal e o Lago Paranoá.
A Fundação Oswaldo Cruz é uma instituição pública vinculada ao Ministério da Saúde, com a missão de produzir e compartilhar conhecimentos e tecnologias para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e a promoção de saúde e qualidade de vida, com a redução das desigualdades sociais no Brasil.
Edição: Marina Mercante