18/06/2017 às 09:20, atualizado em 29/08/2017 às 18:31

Prevenção é a forma mais efetiva de evitar afogamentos

Esse é o tipo de acidente mais comum no Lago Paranoá. Somente neste ano, foram nove mortes no local

Por Mariana Damaceno, da Agência Brasília

Com a ampliação dos acessos ao Lago Paranoá, a atenção com a segurança dos frequentadores também precisa ser redobrada. Segundo o Batalhão de Policiamento Turístico da Polícia Militar, responsável pela área por meio da Companhia Lacustre, o cuidado envolve rondas para fiscalização, orientação à população e treinamento constante das equipes.

Com a ampliação dos acessos ao Lago Paranoá, a atenção com a segurança dos frequentadores também precisa ser redobrada. Segundo o Batalhão de Policiamento Turístico da Polícia Militar, responsável pela área por meio da Companhia Lacustre.

Com a ampliação dos acessos ao Lago Paranoá, a atenção com a segurança dos frequentadores também precisa ser redobrada. Segundo o Batalhão de Policiamento Turístico da Polícia Militar, responsável pela área por meio da Companhia Lacustre. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

O especialista em mergulho do Corpo de Bombeiros ressalta o cuidado que deve ser tomado em relação a crianças. “A maioria dos acidentes ocorre em alguma confraternização. É preciso que o responsável evite deixar a criança sozinha próximo à margem.”

As dicas de segurança ainda envolvem nadar em lugares com salva-vidas e evitar comidas pesadas antes de entrar na água, para não ter o risco de congestão. “A prevenção é a forma mais efetiva de evitar acidentes.”

Níveis de afogamento

Segundo o comandante da Companhia de Salvamento Aquático, o afogamento tem seis níveis, sendo que a probabilidade de conseguir salvar a vida da vítima nos estágios cinco e seis são de cerca de 50% e 8%, respectivamente. Por isso é importante buscar ajuda o mais rápido possível.

“Claro que estamos falando de números absolutos. Já conseguimos salvar uma menina que passou uma hora na água e não teve nenhuma sequela.”

A área mais funda do lago, de acordo com ele, é a Barragem do Paranoá, com 40 metros de profundidade. Quando necessário, o batalhão também conta com o apoio do grupamento de aviação.

Os seis níveis de um afogamento:

  • 1° A vítima aspira água e começa a tossir. Não se trata de algo grave, mas requer atenção
  • 2° Há maior ingestão de água e uma espuma branca pode começar a sair do nariz ou da boca. Neste caso, é preciso ligar para o 193 e solicitar socorro
  • 3° A pessoa começa a soltar uma quantidade maior de espuma e pode ficar inconsciente
  • 4° A vítima perde a consciência, mas ainda tem pulso
  • 5° O banhista fica sem pulso, mas ainda tem batimentos cardíacos
  • 6° Há parada cardiorrespiratória

Edição: Paula Oliveira